quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Resenha: A grande Ilusão - Harlan Coben - Editora Arqueiro


Grande ilusão, A

A Grande Ilusão
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Categoria: Suspense
ISBN: 978-75-8041-723-4
 304 Páginas
1º Edição – 2017

Sinopse

Mary Stern é uma ex-piloto de operações especiais que voltou recentemente da guerra. Um dia, ela vê uma imagem impensável capturada pela câmera escondida em sua casa: a filha de 2 anos brincando com Joe, seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas todas as descobertas só levantam mais dúvidas.

Conforme os dias passam, ela percebe que não sabe mais em quem confiar, até que se vê diante da mais importante pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, mesmo quando é algo que desejamos desesperadamente? Para encontrar a resposta, Maya precisará lidar com os segredos mais profundos e as mentiras de seu passado antes de encarar a inacreditável verdade sobre seu marido – e sobre si mesma.




Como declarei em uma das minhas primeiras resenhas neste blog, sou um fã de histórias de suspense. Por conta disto, me sinto envergonhado em dizer que esta foi a primeira obra que li escrita por Harlan Coben, um dos autores contemporâneos mais representativos do gênero. Obras como “Não Conte a Ninguém” e a série sobre o fictício jogador de basquete Myron Bolitar já me despertaram interesse, porém “A Grande Ilusão” foi o primeiro ao qual tive acesso.

A obra se inicia com Maya, a protagonista, no funeral de seu marido Joe, que foi morto durante um assalto. Este é apenas o ápice dos recentes eventos traumáticos que ocorreram na vida dela – em um curto espaço de tempo, ela foi dispensada de sua função como piloto do exército americano (por conta de uma operação que matou civis), e teve de lidar com a morte da irmã Claire, assassinada quando invadiram a casa dela. Traumatizada e ferida, Maya ainda precisa criar sua filha de dois anos, Lily.


Após isso, Maya instala uma câmera em um porta-retrato para que possa monitorar as ações de sua filha e da babá dela. Um dia, checando as imagens capturadas, ela observa Lily brincando com seu falecido marido Joe em sua casa. Ela questiona a veracidade das imagens para a babá da criança e... a partir daí, nossa protagonista se vê em uma realidade completamente invertida àquela que conhecia, onde é incapaz de estabelecer confiança em alguém que está ao seu redor. Após descobrir uma informação crucial acerca das mortes de seu marido e sua irmã, ela passa a investigar por conta própria, dando início a uma frenética trama.

Ao longo da minha leitura, pude constatar uma característica no modelo de escrita de Coben: ele quer plantar a dúvida a todo o momento. Nunca confie nas informações que ele joga de cara, pois ele sempre irá transformar a sua percepção acerca delas ao longo da leitura. Além disso, ele entrega os fatos de maneira clara, através de diálogos precisos e narrações concisas, o que confere ao trabalho uma consistência orgânica e admirável.

Os plot twists são bem feitos, e se apoiam nas ações e características pessoais dos personagens (marca registrada do gênero suspense). Nesse sentido, Maya e Joe se constróem ao longo da leitura, fazendo com que o leitor só tenha uma concepção clara acerca de quem eles são e o porquê de suas ações no final. E meus queridos: QUE FINAL! Se ao longo do livro eu infartei várias vezes de emoção, ao fim eu tive um cataclisma de surpresa. E garanto que você também o terá.

Em suma, posso dizer que minha primeira experiência com Harlan Coben foi satisfatória. “A Grande Ilusão” não deve em nada a grandes histórias de suspense como “O Espião Que Saiu do Frio”. “Assassinato no Expresso do Oriente” e “Garota Exemplar”. Já posso dizer que o acrescentei na lista de autores que preciso desbravar o quanto antes.

Até a próxima resenha!




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